data-filename="retriever" style="width: 100%;">Dia 5 de setembro, assisti ao encerramento das Paralimpíadas de Tóquio e o lançamento da Campanha Whe The 15, do Comitê Paralímpico Internacional, chamando atenção para a inclusão dos 15% da população mundial com deficiência.
Fiquei emocionada várias vezes, mas nada comparado ao clipe dos atletas brasileiros competindo, vencendo, se enrolando na bandeira, recebendo medalha e flor. Depois, veio o karaokê onde não importava a correção da letra nem o ritmo, contava participar. Aí surgem cenas de Tóquio incentivando o viver com amor, paz, harmonia, aproveitando a beleza do entorno.
No final, apareceu um grupo de crianças de branco balançando, cantando com equilíbrio, coordenação, simplicidade, sem tensão, enquanto a tocha se fechava, e projetavam: Arigato! Nos Vemos em Paris 2024. Tudo isso ao som de Que mundo maravilhoso!
Motivada pela solenidade, fui rever o antigo filme Bom dia, Vietnã. Ele também termina com a música Que mundo maravilhoso. Como gosto de ler biografias, pesquisei a vida do compositor e fiz uma descoberta fantástica: ele era negro, nascido nos USA em 1901. Em 1907, numa noite fria, quando perambulava pela rua, fora encontrado por judeus. A família o leva para passar a noite na sua casa. A senhora Karnofsky o colocou na cama, e cantou para ele dormir. Isto o impressionou, pois nunca tinha sido tratado com tanta bondade.
Os dias se passavam, ele rondava a casa, então, aquela família percebeu que o menino era só e o adotaram. Ele virou filho daquela família de judeus. O pai adotivo lhe deu o primeiro trompete de presente, sem imaginar que o menino se tornaria o famoso Louis Armstrong.
Louis, onde quer que fosse, carregava consigo a estrela de Davi, e escreveu um livro, no qual agradece o tratamento recebido por essa família adotiva.
Só quem foi tratado com bondade escreveria: What a Wonderful World: que mundo maravilhoso! Na letra, diz que lhe perguntavam: o que queres dizer com o mundo ser maravilhoso? Ele responde: que tal a guerra por todo lugar? Você acha maravilhosa? A fome, a poluição, isto também é maravilhoso? Bem! Que tal ouvir este velho por um minuto? Parece que não é o mundo que é mau, mas o que fazemos com ele. O que canto é que o mundo seria maravilhoso se apenas dermos uma chance ao amor, este é o segredo. Se nos amássemos, resolveríamos muitos problemas, então o mundo seria agradável e bem sucedido.
Caro leitor, isto venho dizendo quando vejo as árvores verdes revestidas pelo colorido das flores, o céu bem azul, as nuvens tão brancas, o brilho abençoado do dia, os ciclos da lua e a escuridão sagrada da noite. Nestes momentos, penso no Gênesis, lembro o milagre da criação, agradeço a Deus, e como Louis Armstrong, me vem a vontade de cantar e convidar a todos a constatarem que moramos em um mundo maravilhoso!